Se você, como eu, já se pegou num domingo à tarde assistindo algo “só para relaxar” e saiu pensando “uau, isso falou comigo”, então dá pra entender por que o filme guerreiras do k-pop virou algo bem mais do que “só animação bonitinha”. Ele virou símbolo. Virou identificação. Virou eco de algo que a gente sempre sente, mas muitas vezes não coloca em palavras.
O que são essas “guerreiras”

Na trama de guerreiras do k-pop, acompanhamos garotas que, por fora, brilham: palco, luzes, figurino, coreografia impecável — bem o mundo do k-pop que a gente vê nos clipes. Mas por dentro, cada uma traz uma batalha. O filme mostra que essas “guerreiras” não lutam só contra demônios literais, mas também contra partes dentro delas-mesmas que foram deixadas de lado: a insegurança, o medo, o que ficou escondido. (VEJA)
A “parte demônio” da protagonista, por exemplo, é uma metáfora — ela aprendeu que para ser aceita teria de esconder quem era. (VEJA)
E acho que é aí que está a mágica: porque se a gente coloca isso no nosso mundo real, quantas de nós não se sentem, de algum modo, meio “divididas”, tentando dar conta de ser a garota “bem-sucedida”, “perfeita”, “pra cima”, mas carregando também o peso de “ser eu”, “ser vulnerável”, “ser falha”?
Então o termo guerreiras do k-pop passa a ter um significado bem mais profundo: guerreiras que dançam, que sorriem, que brilham — e que ao mesmo tempo enfrentam, por trás das luzes, tudo o que ficou invisível.
Por que tanta gente se enxergou em guerreiras do k-pop?
Porque, vamos combinar: esse mundo de “ter que dar conta”, “ter que mostrar o que o outro espera”, é muito real. O filme guerreiras do k-pop ressalta que não somos só as partes que o mundo aplaude — somos também nossas partes escondidas. “Sou forte e vulnerável”, “sou bem-sucedida e ainda tenho áreas para crescer”. A disciplina de trocar o “ou” por “e”. (VEJA)
E isso bate forte. Na vida real, na internet, nas nossas amizades… porque a gente está vendo, cada vez mais, que autenticidade importa. Que mostrar que “não está tudo bem” também pode ser parte de estar bem. E no universo do k-pop, onde tudo parece perfeito — coreografia, visuais, sorriso, fandom, hit atrás de hit — esse contraste aparece de forma ainda mais carregada. A “guerreira” que dança entre holofotes e feridas.
E pra mim, enquanto mulher de 25 anos (sim, aqui estou eu), ver isso na tela me trouxe uma espécie de alívio: não preciso esconder tudo que sou só pra caber. Posso ser “guerreira” e “ser eu”. Posso ter falhas e ainda assim brilhar. Posso dançar e chorar. Posso amar e me questionar.
O que podemos aprender com as guerreiras do k-pop
- Aceitação das partes difíceis
As “marcações”, as cicatrizes, o que ficou por baixo do tapete — não se torna menos difícil por ignorarmos. E o filme mostra que integrar essas partes é também um caminho de liberdade. (VEJA)
Então se você se sente “menos” porque escondeu algo que considera imperfeito: talvez pare agora e reconheça — essa parte faz parte de você. - A força de ser inteira
A protagonista não precisa apagar sua “metade demônio” para existir. Ela aprende que pode ser inteira com isso. E nós também. Ser inteira não significa ser perfeita, mas ser real. - Trocar o “ou” pelo “e”
“Sou forte ou vulnerável?” → “Sou forte e vulnerável”. “Sou vencedora ou passo por um momento difícil?” → “Sou vencedora e estou aprendendo”. Essa mudança de linguagem ajuda a desamarrar o ideal de que temos que escolher um lado. (VEJA) - Amar a si como amaria um amigo
Quando nos tratamos com gentileza, quando falamos conosco com a paciência que daríamos a outra pessoa… as coisas mudam. O filme sugere justamente isso: internalizar a compaixão. (VEJA)
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Por que o k-pop é a alma da metáfora

A estética do k-pop — grupinhos com energia, coreografias que parecem desafio físico, figurinos que gritam produção — se encaixa perfeitamente na ideia de “guerreiras”: brilhar, lutar, resistir.
Mas também mostra algo que vai além da música: pertença. Comunidade. Lugar em que a “voz” importa — seja a cantada, seja a própria voz de quem assiste. No universo do k-pop, a gente encontra fandoms que apoiam, criam laços, falam de identidade.
Então quando o filme usa esse cenário para falar de aceitação, de força, de vulnerabilidade, ele conecta dois mundos: o de espetáculo e o íntimo, o colisão entre fora e dentro. E talvez seja por isso que o termo guerreiras do k-pop reverbera tanto.
E onde a gente entra nessa história de guerreiras do k-pop
Na real: a gente é essa história. Talvez não em palco, talvez sem coreografia ensaiada, sem fãs, sem luzes neon — mas em batalhas diárias. Trabalhar, estudar, se relacionar, lidar com ansiedade, com expectativa, com o que “devia”.
Se você acorda e pensa “como vou dar conta hoje?”, ou “será que vão me aceitar se eu mostrar tudo que sou?”, ou “será que posso falhar?”, — parabéns: você está no meio da dança. A gente está. E tá tudo bem.
E se eu posso deixar uma provocação de 25 anos para 25, 35, 45 ou seja lá quantos anos você tenha: que tal olhar para si mesma como uma dessas “guerreiras do k-pop”? Não no sentido de dever-ser inabalável, mas de merecer brilhar e de ter direito de tropeçar. De ter sombra e luz. De cantar alto e pausar pra respirar. De ser vista e se ver.
Porque a vida vai pedir performance às vezes — trabalho, redes sociais, amizade, presença — mas ela também vai pedir silêncio, recuperação, vulnerabilidade, pausa. E ser guerreira não significa estar em guerra com você — significa lutar ao lado de você.
Fechando com ritmo
Então, pra quem acha que o filme guerreiras do k-pop era “só entretenimento para adolescentes”: ele pode até ser, mas ele é muito mais. Ele pediu para que você e eu olhassemos pra dentro. Ele jogou luz em partes que muitas vezes escondemos. Ele disse: “Você pode ser inteira”.
E se todo esse papo parece meio sério demais pra uma tarde de pipoca, beleza — que continue leve. Mas se um estalo foi dado, vai tocar depois. Porque essa tal de guerreiras do k-pop não é sobre uniformes ou palco. É sobre você. Sobre mim. Sobre a gente, com toda complexidade.
E se você quiser, a gente coloca trilha sonora de k-pop junto — porque se vai dançar nessa estrada da vida, que seja ao som que faz o coração acelerar.
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